A permissão de se buscar uma arquitetura que se fundamente em conceitos mais amplos da sensação, da intuição, da emoção e da razão é o combustível necessário para o nosso fazer arquitetônico.
Não nos satisfaria falar somente das questões programáticas que acompanham este trabalho mas o prazer de se buscar uma solução alternativa da expressão arquitetônica. O altar sobre as águas, assim como o horizonte como ponto mais profundo de contemplação contrapondo a verticalidade sobre a própria nave são questões fundamentais, mas queríamos enfocar a volumetria do vazio da geometria que subverte a ordem, que permite nos encontrar resultados mais interessantes sem deixar de buscar de forma apropriada o jogo de escalas, cheios e vazios, a leveza, o gesto, a elegância.. enfim, as questões inerentes à arquitetura. Casa e cidade, habitante ou cidadão, mais do que isto, a vontade de não fixar uma visão fragmentada da dinâmica percepção.
Evidentemente sutil e definitivamente potente na sua própria delicadeza. Um resultado claramente etéreo, privilégio da própria expressão do espaço, aquilo que paira no ar.