mercado design
brasília, df
A obra do Mercado Design nasce do entendimento deste edifício segundo alguns conceitos: um monobloco com leveza e permeabilidade que provoque surpresa, interesse naquilo que pode ser revelado.
Mais uma provocação ao primeiro olhar do que a revelação explícita daquilo que será apresentado. Não se pretende vender o “materializado” mas falar das motivações que levam as pessoas a buscarem valores maiores, mais amplos, com mais qualidade no modo de viver. A arquitetura do edifício invoca elementos singulares tanto na sua volumetria como nos tratamentos internos dos halls, do café com um grande painel que reinvoca as aberturas das elevações numa escala redimensionada e porque não em alguns espaços de lojas. Uma vitrine de luz a 2.20m do piso propicia o surpreendente contraste com o pé-direito imenso de três andares nas áreas de showroom. O painel frontal permite ainda uma leitura do interior do edifício onde suas transparências ficam evidenciadas. Para sintetizar diria que o conjunto não pretende dizer respeito à venda de produtos, mas uma forma mais interessante de referenciar seus valores. Pensamos num Setor de Industrias que está por vir; um bairro renovado que deve acompanhar a evolução da cidade e oferecer uma arquitetura melhor, melhor qualidade de espaços públicos, enfim um setor de novos empreendimentos mais bem pensados. Foram considerados como elementos de projeto sua relação com o entorno urbano assim como as virtudes da larga avenida em sua área fronteiriça.
O espectador em movimento, a uma certa distância, requer proporções diferenciadas das lojas e do edifício como um todo. Com o auxílio destes raciocínios acreditamos ter concebido algo que não se limita às questões do palpável, mas aquilo que em si pode sugerir uma leitura mais ampla que invoque uma percepção maior.