Contra as mazelas, omissões e negligências vale lutar por algo novo, interessante a ser preservado. Construir a memória é vencer a morte, é fazer a realidade transcender a existência humana no tempo e no espaço, é ir além de uma vida terrena.
Em meio a tantas contradições dos dias de hoje, aquele lugar acolhia e vai continuar acolhendo a arte, a poesia, a musicalidade, a verdadeira fraternidade no gesto de amor e liberdade tão caro aos jovens. Pela beleza da arte é possível renascer os sonhos que se tornam realidade.
Se assim era naquele lugar, assim será nesse novo espaço que em meio as expressões da arte acolhe o encontro das pessoas, propicia a contemplação e assim toca o espírito humano no que lhe é mais caro, a dimensão espacial do sagrado.
Não se propõe neste projeto um objeto isolado, algo a ser esquecido pela população num canto da cidade, mas um lugar vivo que pertença à população, que seja dinâmico, onde haja eventos em meio àquela monumentalidade que reconhece e respeita sempre a memória. Quando a luz vence a escuridão, a vida se torna ininterrupta, transubstancia a realidade humana e encanta o espírito de todos nós, eternamente.